quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Mediador do Crédito (não confundir com Mediador de Crédito)

A julgar pelos grandes títulos de imprensa em dias sucessivos, a temática importante na criação do novo cargo público de “Mediador do Crédito”, foi se ele vai ganhar 7.000€ ou 6.000€. O que causou mais espanto à Alice não foi o salário e as regalias deste novo jornaleiro da nossa República. Foi quem as paga e as confusões e potenciais conflitos que o seu “Job description” pode criar. Então não é que o titular deste cargo vai ser pago pelo Banco de Portugal e tem como competência facilitar o acesso por parte dos cidadãos individuais e também das Empresas ao crédito bancário (não vislumbro como qualquer pessoa possa desempenhar esta tarefa hercúlea) e servir como provedor dos clientes bancários (para quê, por quem e com que implicações?). Ora, não eram estas precisamente as funções que estavam / estão (?) cometidas ao BdP? O Governo não confia no BdP para desempenhar estas funções? Quer retirar competências ao BdP? E quando houver problemas, não vai cada um sacudir a água para o capote do outro? A Alice pergunta: não era mais fácil substituir o Governador por alguém que garantisse a totalidade das funções? Sempre se poupava esta duplicação de salários, de responsabilidades e era mais digno para o actual Governador.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um novo governador tambem tem uma outra potencial vantagem: "own up" as suas responsabilidades de monitorizacao da estabilidade/ solvencia dos bancos.