sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Lições de Maquiavel para António José Seguro



“Não há nada mais difícil de assumir, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto no sucesso, do que a liderança na introdução de uma nova ordem de coisas.”

Vivemos tempos difíceis. Estamos pouco (ou nada) dependentes de nós próprios. Somos, de facto, um protectorado manietado pela obsessão da austeridade.

É claro que o País terá que ser diferente no final desta linha torta. Ninguém sabe ainda onde estaremos dentro de dois anos mas não há dúvidas de que será numa nova ordem (ou desordem) de coisas.

Não se esqueça que “um empreendimento tem mais possibilidade de ser bem sucedido se for escondido do inimigo até estar pronto para a execução” e que “se é necessário infligir um ferimento ao inimigo ele deverá ser tão severo que não será necessário temer a sua vingança”.

Deixe que os ciclos políticos se cumpram. Não tenha pressa para chegar ao poder. Não há nada de pior (e os últimos 2 anos confirmam) do que chegar ao poder sem perceber minimamente onde se chegou.

A actual liderança do País está a conseguir reunir um grande consenso à sua volta. De que tudo é mal pensado, pessimamente explicado e deficientemente executado.

A este propósito Napoleão (um grande estudioso de Maquiavel) também tem uma frase sensata: “nunca interrompas o teu inimigo quando ele está a cometer um erro…”.

Voltando a Maquiavel: “O primeiro método para estimar a inteligência de um líder é olhar para os homens que ele tem à sua volta.”

Nesta fase, preocupe-se mais com os amigos do que com os inimigos. Nunca se esqueça que “aquele que quer que lhe obedeçam tem de saber comandar” e “antes de tudo o resto, arme-se”, prepare-se para a luta, ganhe terreno interno pois daí vêm as maiores ameaças ao seu poder.

Prometa o que tiver de prometer, a quem tiver de prometer pois "a política não tem qualquer relação com a moral" e "a um príncipe não faltam razões legítimas para faltar a uma promessa".

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