“Não há nada mais difícil de assumir, mais perigoso de conduzir, ou
mais incerto no sucesso, do que a liderança na introdução de uma nova ordem de
coisas.”
Vivemos tempos difíceis. Estamos
pouco (ou nada) dependentes de nós próprios. Somos, de facto, um protectorado
manietado pela obsessão da austeridade.
É claro que o País terá que ser
diferente no final desta linha torta. Ninguém sabe ainda onde estaremos dentro
de dois anos mas não há dúvidas de que será numa nova ordem (ou desordem) de
coisas.
Não se esqueça que “um empreendimento tem mais possibilidade
de ser bem sucedido se for escondido do inimigo até estar pronto para a
execução” e que “se é necessário
infligir um ferimento ao inimigo ele deverá ser tão severo que não será
necessário temer a sua vingança”.
Deixe que os ciclos políticos se
cumpram. Não tenha pressa para chegar ao poder. Não há nada de pior (e os
últimos 2 anos confirmam) do que chegar ao poder sem perceber minimamente onde
se chegou.
A actual liderança do País está a
conseguir reunir um grande consenso à sua volta. De que tudo é mal pensado,
pessimamente explicado e deficientemente executado.
A este propósito Napoleão (um
grande estudioso de Maquiavel) também tem uma frase sensata: “nunca interrompas o teu inimigo quando ele
está a cometer um erro…”.
Voltando a Maquiavel: “O primeiro método para estimar a
inteligência de um líder é olhar para os homens que ele tem à sua volta.”
Nesta fase, preocupe-se mais com
os amigos do que com os inimigos. Nunca se esqueça que “aquele que quer que lhe obedeçam tem de saber comandar” e “antes de tudo o resto, arme-se”,
prepare-se para a luta, ganhe terreno interno pois daí vêm as maiores ameaças
ao seu poder.
Prometa o que tiver de prometer, a quem tiver de prometer pois "a política não tem qualquer relação com a moral" e "a um príncipe não faltam razões legítimas para faltar a uma promessa".
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