quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A arma final chama-se inflação


A Alice não quer assumir a postura de uma marca de produtos de emagrecimento e afirmar peremptoriamente: "quer resolver a crise... pergunte-me como". No entanto, estamos a chegar ao ponto em que já tudo foi tentado e... nada resultou.

Assim sendo, a Alice propõe que se recorra a um conceito que os economistas conhecem bem e que os políticos também deviam conhecer. Chama-se inflação e é o pânico de alguns políticos europeus, em especial os Alemães.

Quais são as vantagens desta solução?

- Reduz o valor real da dívida do Estado, das Empresas e das Pessoas;
- Através do impacto negativo na moeda, melhora a competitividade do País;
- Facilita o aumento de vendas das Empresas, seja por via da melhoria da competitividade, seja pelo aumento natural dos preços de venda;
- Facilita o ajustamento dos custos das Empresas, na medida em que o seu aumento não acompanhe a taxa de inflação;
- Melhora o perfil de custos do Estado, pelo mesmo mecanismo que melhora o das Empresas.

Quais são as desvantagens?
A inflação tem uma mania, algo desagradável, de se tornar facilmente incontrolável. Uma espiral inflacionista é tão má quanto uma espiral recessiva (embora, os efeitos na vida da maioria das pessoas sejam equivalentes: o poder de compra do seu salário diminui).

Como se faz?
Como em muita coisa em economia: basta um comunicado e mais alguma liquidez. Se Draghi disser o que o Banco de Inglaterra disse há duas semanas, que irá tolerar uma maior inflação para ajudar ao crescimento, será suficiente. Depois convém reforçar com uma maior injecção de liquidez no mercado. E terá feito magia... 


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