sábado, 27 de julho de 2013

A Guerra dos Tronos


A Alice acabou agora de ver a primeira temporada da séria da HBO (a produtora Americana de séries de sucesso como “Sex and the city” e “The Sopranos”) “Game of Thrones”, ou “A guerra dos tronos” em Português.



A série é baseada nos livros de fantasia “A song of ice and fire” de George R. R. Martin e passa-se num mundo imaginário de 7 reinos onde os verões e os invernos podem demorar gerações (esta primeira série passa-se toda no verão). As poderosas famílias dos 7 reinos defrontam-se numa batalha pelo Trono de Ferro e pela liderança dos 7 reinos.

A série tem uma qualidade sem paralelo. Os argumentos e a realização são fabulosos (os argumentistas e os realizadores vão variando de episódio para episódio). O “casting”, as “locations”, o guarda-roupa são incríveis e contribuem para que a série seja verdadeiramente viciante. Pela força (e investimento, diga-se) que tem, esta série não fica nada a dever a qualquer filme.

Mas não é só pela qualidade cinematográfica que a Alice está viciada na série… É pela metáfora que a mesma encerra da realidade Portuguesa (a HBO tem certamente um Português na equipa de argumentistas que inspira o que se passa na série)

Na série existe um norte gélido e um sul ameno. Um norte que é de gente trabalhadora e que erigiu uma muralha gigantesca para proteger o reino das forças obscuras; e um sul pérfido e conspirador, onde está o trono de ferro que senta o Rei dos 7 Reinos!

O Rei é uma figura que gosta de boa vida (mulheres e vinho) e que se deixa manipular pela sua mulher, herdeira da casa Lannister, a mais poderosa e rica dos 7 Reinos. Quando o Rei percebe que está metido numa grande embrulhada, chama o seu fiel servidor Ned Stark (o tal do Norte) para lhe vir dar uma ajuda a gerir o reino (enquanto ele continuava na sua vida de excessos, claro).

A primeira decisão que o Ned Stark teve de tomar por instruções do Rei (apesar de se opor a ela pois o reino estava já sem dinheiro e com avultadas dívidas à casa Lannister) foi fazer um grande torneio medieval à séria para alegrar as hostes reais.

Como seria previsível, o Ned Stark teve muitas dificuldades em gerir o reino, uma vez que o seu Conselho Real (o Conselho de Ministros lá do sítio) é composto por 4 elementos que têm as suas próprias agendas e vão gerindo os seus apoios em função do que cada uma das casas dos 7 reinos lhes permite obter em termos de poder, influência ou dinheiro (a ordem dos factores é arbitrária). Um dos conselheiros é o proprietário de todos os prostíbulos da capital (o melhor negócio para saber dos segredos sórdidos dos homens do reino) e outro é eunuco.

O Ned Stark acaba sem cabeça (claro!) e o seu filho mais velho, para o vingar, junta todos os reinos do Norte, autoproclamando-se “Rei do Norte” e vai lutar contra a rainha que, entretanto, matou o Rei e colocou no Trono De Ferro o seu filho ilegítimo (que nasceu do relacionamento com o seu irmão Jaime).

Confusos? Infelizmente a metáfora não é só essa!...

A Alice está ansiosa por ver a segunda temporada e confirmar se o Rei do Norte dá cabo da Rainha rica, assassina, incestuosa e infiel.


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