quinta-feira, 25 de julho de 2013

Estabilidade Governativa


A Alice tem muitas dificuldades em perceber a ânsia que existe em Portugal pela alternância governativa.

Uma decisão mal tomada, uma comunicação infeliz ou o simples cheiro do sentimento da “rua” desfavorável ao Governo instalado, logo se levantam as vozes a pedir a demissão do mesmo e a argumentar com a sua falta de “legitimação democrática” (como se fosse a “rua” que a desse).

Isto vale para os Governos e oposições de todas as cores embora impressione mais negativamente a forma despudorada como o PS se sentiu no direito de reclamar por eleições ainda nem a tinta com que assinou o acordo com a Troika tinha secado!

Meus amigos, a dura realidade é esta: o prazo de validade de um político em Portugal é mais ou menos equivalente ao prazo de validade de um telemóvel (cerca de dois anos, de acordo com a minha experiência). Ao fim deste período, ou abandonam o cargo perante a incapacidade de arcar com a tarefa ciclópica que é governar este País, ou são escorraçados porta fora pela tal turba tonitruante a que se convencionou chamar “rua” (ou, pior, pelas manobras obscuras dos interesses instalados nos corredores do poder).

A dura realidade dos números é esta:

- França teve 25 presidentes desde 1848;

- EUA teve 44 presidentes desde 1789;

- Portugal teve 118 primeiros-ministros desde 1834; 18 dos quais desde 1974 (e convém não esquecer que Salazar “estraga” a primeira média e Cavaco “estraga” a segunda!

Convém reflectirmos se andar constantemente a trocar de Governantes ajuda ou não a resolver os nossos problemas. A Alice considera que nem é preciso discutir nomes ou pessoas específicas…

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