terça-feira, 4 de agosto de 2009

Faz-se luz sobre a actuação do Banco de Portugal

As declarações do recentemente nomeado presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António de Sousa, a propósito do Banco Privado Português (BPP) vieram lançar mais alguma luz sobre a forma de funcionamento do Banco de Portugal (BdP) de que ele era governador na altura de concessão de licença ao BPP para operar como banco. Pelo que a Alice percebeu: (i) apesar de haver dúvidas relativamente ao modelo de Sociedade (instituição bancária ou sociedade gestora de património) que o BPP deveria assumir o BdP acabou por autorizar um híbrido: “um banco que não devia aceitar depósitos”, tendo até havido “garantias escritas” por parte do BPP de que assim seria?; (ii) “o BdP não podia evitar dar uma licença ao BPP, porque por lei era obrigá-lo a fazê-lo”, mesmo tendo o BdP tido dúvidas quanto ao modelo de Sociedade, mesmo depois de ter recebido um alerta de Alípio Dias pondo em causa a idoneidade de João Rendeiro (tanto quanto julgava saber é uma das possíveis fundamentações para não atribuição de uma licença); (iii) quando o BdP não se sente confortável com uma decisão vai deixando passar o tempo (António de Sousa foi criticado por ter demorado tanto tempo a dar a licença); e (iv) mesmo depois de um “parto” tão difícil e conturbado, o BdP aparentemente não sentiu a necessidade (para não falar em obrigação) de acompanhar um pouco mais de perto esta Instituição de Crédito que se “obrigou” a não aceitar depósitos. A Alice está esclarecida, tem havido uma grande injustiça com o actual Governador do BdP… De facto, não chega clamar pela sua demissão… a Instituição precisa de uma recauchutagem de alto a baixo!

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