quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Portugal – País periférico e pequeno?

A Alice sempre teve dificuldade em perceber como é possível dizer-se que Portugal tem problemas em afirmar-se no mercado global porque é um país periférico e pequeno. Quanto a ser periférico, basta abrir qualquer mapa-mundo para descobrir que Portugal está lá bem no meio! Os países que verdadeiramente se podem queixar são, por exemplo, o Japão e os EUA, pelo menos no que toca ao seu 50º Estado (o Hawaii). É claro que o mapa-mundo pode ser enganador. Apesar do Japão e do Hawaii estarem em lados opostos do mapa relativamente a Portugal e, como tal, aparentemente tão longe um do outro, todos sabemos que até estão bastante perto! O que provavelmente não sabemos é que 4% da população do Hawaii tem antecedentes Portugueses. Relativamente a sermos periféricos estamos conversados! Quanto ao tamanho, os exemplos de países pequenos que têm conseguido ser bem sucedidos no plano internacional são tantos e com histórias e antecedentes tão diversos que não há nada que confirme este estranho fado que se nos aplica. Evitando os exemplos de países que estão a atravessar mais dificuldades nos dias de hoje (estilo Islândia e Irlanda), podemos falar de países como: Singapura, Noruega, Finlândia, Suíça, Áustria, Estónia, etc… Vem isto a propósito de uma notícia sobre um laboratório Português de inovação, o Inovaworks, que criou um jogo para o iPhone, o Dropoly, e que já pode ser adquirido na Apple store (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=380892). Qualquer pessoa no mundo pode adquirir este jogo, do Japão ao Hawaii, sem estar grandemente preocupada de onde ele vem. Nos dias de hoje localização e dimensão são variáveis que pouco ou nada contam para a dinâmica competitiva vigente num número significativo de sectores. Insistir nestas justificações servirá apenas para isso mesmo… nos justificarmos.

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