Parece confirmar-se que a maioria dos trabalhadores de Empresas Privadas optou por não receber parte dos seus subsídios em duodécimos.
Esta medida foi implementada pelo Governo como forma de diminuir o impacto da crise junto das Famílias e Empresas (para os partidos da coligação) ou como forma de "anestesiar" os trabalhadores para que não percebessem a dimensão do aumento de impostos que sofreram (para os partidos da oposição).
Parece que os trabalhadores, mais uma vez, não fizeram a vontade nem a uns nem a outros.
Por um lado, demonstraram à oposição paternalista que estão muito atentos (tiveram que expressamente não aceitar os duodécimos junto da sua entidade patronal) e que não se deixavam enganar assim tão facilmente pelos malvados dos Governantes; por outro, evidenciaram ao Governo que não precisam da sua preocupação e ingerência em matéria de gestão orçamental familiar e, como tal, do foro estritamente privado.
Com esta atitude os trabalhadores voltaram a dar provas de uma grande maturidade e de independência face ao poder político. Mais uma vez, o Governo terá que rever as suas contas relativamente à evolução do consumo interno e às receitas do IVA. Não tenhamos dúvidas que os trabalhadores preferem ajustar já as suas despesas mensais ao novo rendimento líquido e continuar a guardar o (pouco) que resta sob a forma de subsídio como almofada de poupança (ou para despesas extraordinárias).
Trabalhadores 1; Governo 0; Oposição 0
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