A Alice não entende a relutância do PS em participar no debate sobre a reforma (ou refundação) do Estado. Mais do que isso, a Alice não entende porque é que o PS tem tanta aversão em contribuir para uma verdadeira recuperação da economia e, consequentemente, da estabilidade política e social.
Recorde-se que Pedro Passos Coelho “colaborou” com o anterior Governo até ao célebre PEC IV, correndo até alguns riscos políticos quando chegou a pedir desculpa aos Portugueses (em particular aos do PSD) por ter de dar o dito por não dito quando apoiou o PEC III.
A realidade é que o PS não será Governo antes de 2015. Aliás, nem quer ser Governo. Seguro sabe bem a ingrata tarefa que teria que assumir se chegasse já ao poder. Os próximos dois anos continuarão a ser duros. Por outro lado, tem total consciência que será Governo em 2015.
Tendo estas duas premissas em consideração, o PS tem todo o interesse em contribuir para que o País tome hoje as decisões correctas para o seu futuro, decisões essas que serão difíceis e cujo custo político cairá, em grande medida, na coligação que é Governo.
Se tal acontecer, o PS poderá vir a beneficiar do impacto positivo que estas medidas terão a prazo. Iniciará uma legislatura em 2015 com o vento favorável da recuperação económica e política e, com grande probabilidade, ganhará uma reeleição em 2019. Para tal, Seguro precisa de começar a implementar o seu plano de governo (se é que o tem) já.
A Alice acredita que estamos perante uma situação em que o interesse do País e tacticismo político estão alinhados. Esperemos que Seguro também perceba isto.
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