terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Porque não uma POFTA para além da TAFTA?



Obama surpreendeu o mundo durante o seu discurso inaugural com o anúncio das conversações para a TAFTA (Transatlantic Free Trade Area) iniciadas com a UE. A Alice entende que uma POFTA (Portuguese Free Trade Area) serviria bem melhor as aspirações dos Portugueses.

A TAFTA beneficiará certamente os EUA e os países Europeus de maior dimensão e que mais transacionam com os EUA. Estima-se que o comércio bilateral possa crescer 50%. Este crescimento beneficiará até mais a Europa do que os EUA, na medida em que a Europa tem tido uma balança comercial positiva vis-a-vis os EUA.

Como as trocas com os EUA têm um peso diminuto nas nossas trocas comerciais, o benefício de Portugal acabará por ser mais indireto do que direto. Resta acrescentar que o protagonismo de Portugal nas negociações para a constituição da TAFTA será diminuta, para ser simpático.

Porque não, então, avançar com a constituição da POFTA?

Uma área de comércio internacional livre com os PALOPs seria bem mais vantajosa para Portugal. O potencial de alavancagem das trocas já existentes seria muito maior. O protagonismo de Portugal numa negociação tripartida com os PALOPs e com a UE seria muito maior. A probabilidade de angariar mais investimento para o País num papel de pivot da TAFTA seria bem maior do que como primeiro País no caminho dos EUA para a UE (veja-se o sucedido com a base das Lajes).

Claro que os adeptos da postura do bom (e obediente) aluno dirão, a medo, que tal terá que ser negociado previamente com a UE. À Alice não constou que a UE tenha negociado previamente com Portugal a eventual constituição da TAFTA.

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