Obama surpreendeu o mundo durante
o seu discurso inaugural com o anúncio das conversações para a TAFTA
(Transatlantic Free Trade Area) iniciadas com a UE. A Alice entende que uma
POFTA (Portuguese Free Trade Area) serviria bem melhor as aspirações dos
Portugueses.
A TAFTA beneficiará certamente os
EUA e os países Europeus de maior dimensão e que mais transacionam com os EUA.
Estima-se que o comércio bilateral possa crescer 50%. Este crescimento beneficiará
até mais a Europa do que os EUA, na medida em que a Europa tem tido uma balança
comercial positiva vis-a-vis os EUA.
Como as trocas com os EUA têm um
peso diminuto nas nossas trocas comerciais, o benefício de Portugal acabará por
ser mais indireto do que direto. Resta acrescentar que o protagonismo de Portugal
nas negociações para a constituição da TAFTA será diminuta, para ser simpático.
Porque não, então, avançar com a constituição
da POFTA?
Uma área de comércio
internacional livre com os PALOPs seria bem mais vantajosa para Portugal. O
potencial de alavancagem das trocas já existentes seria muito maior. O
protagonismo de Portugal numa negociação tripartida com os PALOPs e com a UE
seria muito maior. A probabilidade de angariar mais investimento para o País
num papel de pivot da TAFTA seria bem
maior do que como primeiro País no caminho dos EUA para a UE (veja-se o
sucedido com a base das Lajes).
Claro que os adeptos da postura
do bom (e obediente) aluno dirão, a medo, que tal terá que ser negociado
previamente com a UE. À Alice não constou que a UE tenha negociado previamente
com Portugal a eventual constituição da TAFTA.
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