sexta-feira, 12 de abril de 2013

Os Fundos Revitalizar


Finalmente, os Fundos Revitalizar estão aí a chegar.

Depois da concretização daquele que a Alice considera ser um dos maiores contributos para as Empresas nacionais do actual Governo: o PER (o Chapter 11 português), estes fundos são mais uma iniciativa e o resultado do excelente trabalho que o Sec. Estado Adjunto da Economia, Dr. Almeida Henriques, desenvolveu durante o tempo em que esteve no Governo (sai amanhã).

São 220 milhões, distribuídos por 3 fundos de capital de risco, um por cada região: Norte (gerido por Explorer Investments), Centro (Oxy Capital), Lisboa/Alentejo/Algarve(Capital Criativo). Estes são os maiores fundos de capital de risco alguma vez apoiados pelos fundos estruturais.

Estes fundos são provenientes em 50% do QREN e em 50% de 7 Bancos Nacionais, mas com uma grande novidade e que pode fazer toda a diferença: são geridos por profissionais. Isto significa que estão nisto para ganhar dinheiro, ajudando as empresas (e empresários) a ganhar dinheiro também. É 'smart money' à séria e, como tal, não é para qualquer Empresa...

Como tem sido amplamente discutido (e a Alice tem defendido aqui), as Empresas estão genericamente descapitalizadas e com excesso de endividamento bancário. A realidade é que hoje o capital é curto. É difícil angariar investidores estrangeiros de capital de risco para o mercado nacional. Os Fundos nacionais, privados e públicos, estão todos praticamente esgotados. Por esta razão, os Fundos de Revitalização são bem vindos e só pecam por serem relativamente curtos para as necessidades do nosso tecido empresarial.

Os regulamentos de gestão dos Fundos estão a ser aprovados na CMVM. Mais algumas semanas e já estarão no terreno. As Empresas que podem ambicionar aceder a estes fundos e as principais condições são:

- PME viáveis em fase de expansão / crescimento;

- Investimento em território nacional;

- As empresas não podem estar em dificuldades (conceito CE);

- 70% do investimento tem de ser concretizado sob a forma de capital social ou instrumentos de quase capital (ex. Obrigações Convertiveis);

- €1,5 milhões de investimento máximo anual por Empresa.

Está na hora de começar a puxar pela economia. Para as Empresas ambiciosas, com capacidade de crescimento e boa gestão, a falta de dinheiro já não é desculpa.

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