segunda-feira, 13 de maio de 2013

Rui Moreira – A aquecer as turbinas


A semana passada foi uma semana importante para a candidatura de Rui Moreira. No Sábado ocorreu a apresentação da lista de mandatários e na Sexta-feira um evento de discussão sobre o vector económico do programa para a Câmara.


As personalidades que se têm vindo a juntar ao “nosso partido é o Porto” contribuem para o fortalecimento da posição do candidato Rui Moreira a Presidente da Câmara. “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” é, diz o povo, um barómetro eficaz. Goste-se ou não se goste de Rui Moreira ou do seu estilo, é agora claro que conseguiu reunir um conjunto de nomes de valor e qualidade inquestionáveis. 

São os suspeitos do costume, dirão os cínicos. Não é verdade. A Comissão de Honra está recheada de nomes sonantes da elite Portuense, como não podia deixar de ser. No entanto, os mandatários da candidatura, aqueles que vão trabalhar activamente e imprimir o seu cunho na campanha e, espera-se, no programa e estratégia a ser implementada na condução da gestão da Câmara, têm uma composição bastante equilibrada. 

Com efeito, para além de todos terem competência e qualificações ímpares, há um saudável equilíbrio entre a experiência grisalha e a força da juventude. Se temos Valente de Oliveira como mandatário-geral, também temos nomes como Francisco Ramos e Ana Teresa Lehman. A Alice será suspeita para falar pois conhece os dois pessoalmente, mas os seus CVs não são suspeitos e falam por si. Estes nomes representam o que de melhor o Porto tem para contribuir para uma candidatura independente. O primeiro já com uma longa experiência política, a segunda a ver-se nestas lides pela primeira vez, mas ambos profissionais de primeira água nas suas respectivas profissões.

O desafio lançado no Sábado por Francisco Ramos, estendido a todas as candidaturas, de uma campanha poupada e comedida em termos de meios e gastos é genuíno e atesta a vontade desta candidatura fazer as coisas de um modo diferente, num enquadramento nacional e local que é, também ele, diferente. 

Na passada sexta-feira, Ana Teresa Lehman liderou um painel sobre economia, onde se começaram a desenhar os primeiros contornos do que será o programa de Rui Moreira nesta área, que será um dos três pilares da sua estratégia para a cidade, a par da coesão social e a cultura. 

Não fazer promessas mirabolantes de investimentos e realizações faraónicas. Não desconfiar do sector privado, antes tentar estabelecer plataformas de colaboração que permitam fazer mais com menos. Neste sentido, trabalhar em rede com o que a cidade tem de melhor: universidades, agentes culturais, associações locais, etc. Aproveitar o que o Estado já faz em áreas importantes para a cidade (por exemplo, atracção de investimento estrangeiro), não duplicando esforços nem desperdiçando recursos. Intervir activamente junto do Governo central para contribuir para que o processo legislativo seja virtuoso para a cidade. Envolver-se directamente nas negociações fundamentais no campo Europeu (fundos QREN). Promover externamente o Porto, como destino para as artes, o turismo e o investimento. Mexer na fiscalidade para alinhar os interesses de cidadãos e cidade, nomeadamente no que diz respeito ao património (IMI, por exemplo). 

Apesar de a Alice ser céptica quanto ao contributo que a Câmara pode dar, por si só, para o crescimento económico, não haja dúvida de que se pode fazer melhor e de que a promessa de Rui Moreira de tornar a cidade mais "business friendly" é o caminho para se construir uma cidade aberta às Empresas e ao Empreendedorismo, com oportunidades para todos, honrando o legado histórico da cidade.

Foi uma sessão animada em que a assistência teve oportunidade de esclarecer algumas dúvidas e de trocar impressões com o candidato. Infelizmente apenas os presentes, os seguidores da candidatura nas redes sociais e, agora, os leitores da Alice terão conhecimento do que aí se passou e foi discutido. O evento não contou com a presença de qualquer representante da imprensa. 

A Alice entende que os órgãos de comunicação social tenham as suas simpatias políticas. A Alice compreende até, na esteia da melhor tradição anglo-saxónica, que os media assumam e defendam veementemente as suas posições políticas. O que não se admite e é profundamente lamentável é que os jornalistas se demitam de informar, abdiquem do contraditório e prescindam de uma fatia importante da realidade. Sobretudo quando se discutia um tema importante para a candidatura e para a cidade.

Rui Moreira, tendo conhecimento desta parcialidade, tem de ser mais habilidoso na organização destes eventos. Porventura trazendo mais alguns nomes sonantes da sua Comissão de Honra ajude a arrastar os media… 

Em todo o caso, ao não marcarem presença nestes eventos, os jornalistas fazem um péssimo serviço à cidade, à profissão e a si próprios. Ainda vão a tempo de emendar a mão. A Alice deseja que o façam. 


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